sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sonhos

Sonhava em meu sonho.
Você em cima de mim adormecia...
O peso viril nem sentia.
Meus suspiros o fizeram chorar...
Suspirava porque doía,
Doía vê-lo partir de cabelos lisos e cortados com ela.
Você me olhava com olhos que me pediam sensatez e conformidade;
Meus sentimentos não poderiam ser triviais,
Nosso amor em vida proibida.
Mas você acertou em cheio a minha fraqueza.
Meu calcanhar começou a sangrar,
Esguichando minhas forças...

E deixei meu lamento gritar junto ao s estilhaços do copo lançado ao chão.
Olhos e gestos desdenhavam minha atitude.
Majoritariamente sabiam, e me julgavam silenciosamente com sentimentos vis.
Familiares que me abandonaram e familiares mortos iam contigo.
Eles, por quererem, não me viam;
Simultaneamente ao copo, gritei.
Ele gritava seus cacos perdidos;
Eu, um corpo partido.
Em meio ao enleio naquela rua
Rasgaram meu seio a unha,
Arrancaram meu órgão, meu coração.
Subitamente acordei com lágrimas escorrendo em meu pescoço.
Nunca o tinha visto chorar assim –
Nem no primeiro dia em que hipocritamente lhe disse adeus;
Fiquei assustada, não tinha poderes para consolá-lo. 
Não suspirei por um presságio dissaboroso!  
Mas sim, por ter te perdido no sonho do sonho que eu sonhava!
Suas lágrimas sentiram dor pela dor do meu suspiro de dor.
Me entenda, amor.

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